As ações da companhia, PETR3 e PETR4, despencaram 10% na última sessão de sexta-feira (08/03) após reação negativa dos investidores com relação à queda nos pagamentos dos dividendos e aumento nos investimentos.
A reação negativa do mercado ao relatório financeiro do último trimestre de 2023 da Petrobras (PETR4; PETR3) resultou em uma significativa queda nas ações da empresa no mercado nesta sexta-feira (8).
Esse movimento é uma resposta direta à decisão do conselho de administração da Petrobras de não proceder com a distribuição de dividendos extraordinários aos seus acionistas, contrariando as expectativas que giravam em torno de um pagamento estimado entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões. Ao final, a decisão foi por um repasse de US$ 2,9 bilhões em dividendos, montante inferior ao antecipado pelo mercado.
Somado a isso, diversas casas revisaram as suas recomendações de compra da ação para neutra, caso de Santander, Bank of America e Bradesco BBI.
Tudo isso aumentou o clima de incerteza em torno da ação.
O que fazer em meio a tudo isso?
Diante a toda essa situação a pergunta que fica é: ainda vale a pena investir em Petrobras?
Bom, a resposta não é tão fácil assim.
Investir na Petrobras ainda pode ser vantajoso dependendo da estratégia do investidor.
Para aqueles focados no longo prazo e na valorização da ação, a empresa permanece atraente, devido à sua sólida operação e perspectivas de expansão. Embora com menos apelo que anteriormente, é importante destacar que a companhia ainda continua com fundamentos sólidos:
Por mais que os resultados referentes ao 4T23 não tenham sido tão animadores, com uma queda de 33% no lucro líquido e 20% na receita líquida, comparado ao mesmo período de 2022. Não é fator para assustar os investidores, afinal 2022 foi um ano com resultados recordes para a companhia.
Além disso, em 2023, existiram fatores externos que causaram impactos nos resultados da petroleira, como o preço do petróleo e a cotação do dólar.
No entanto, os dividendos extraordinários eram um ponto chave para a atração de investidores. Foi a sua posição como uma das maiores distribuidoras de dividendos do mundo em seu setor que sustentava a alta das ações há mais de 2 anos.
Portanto, a mudança na sua distribuição afetará a percepção de atratividade do investimento no curto prazo.